Sentidos, consciência e felicidade
Sorvendo uma xícara de café expresso da Tanzânia, enquanto penso sobre os
mistérios da vida. O café é bom, assim é a vida. Por que então surge a tristeza?
O que nos falta é a certeza de que a sorte nos brinda com milhares de
prêmios, como esta xícara de café, por exemplo, que nos dá o prazer de sentir o
sabor do fruto que vem de cultivos de uma região tão remota. Vivemos em uma
época privilegiada, a humanidade nunca desfrutou de tanto conforto, no entanto,
muitos sofrem e outros, mesmo sem motivo, se entristecem.
Precisamos aprender a
sentir a alegria de cada instante, quando os dons dos nossos
sentidos nos permitem tomar ciência da beleza do mundo. Como
será o estado de espírito daqueles que colhem o café na Tanzânia? O trabalho em
lavouras de café naquela região é feito por inúmeros pequenos
produtores. Serão eles felizes?
Penso que, em
muitos casos, o consumidor final da bebida vive mais infeliz que estes
trabalhadores. Podemos superar isso ao encontrar os verdadeiros motivos da felicidade, que estão nas pequenas coisas. Assim, podemos viver em um estado de alegria permanente, valorizando o que vivemos. Sem esquecer de fazer o bem, que é sem dúvida a principal fonte dessa felicidade.
